quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Parábola do Mar da Galiléia e do Mar Morto

A PARÁBOLA DO MAR DA GALILÉIA E DO MAR MORTO
Na terra Santa encontramos dois mares conhecidos. Embora alimentados pelo mesmo rio Jordão eles sejam, no entanto totalmente distintos um do outro.

O Mar da Galiléia é de água doce e contém muitos peixes. Seu litoral é salpicado por cidades e aldeias lindas. As colinas que rodeiam o mar são férteis e verdejantes.

O outro é o Mar Morto. É célebre pela sua densidade de sais minerais. Não tem peixe e nem os vegetais tem condições de vida. Seus arredores são desertos. Não existe área verde. O Mar Morto apresenta um aspecto desolador.

Donde vem esta diferença? A explicação é simples e simbólica. O Mar da Galiléia recebe pelo norte as águas do rio Jordão, com toda a sua carga de vida e fertilidade. Porém, não guarda para si esta fertilidade. Ás águas segue seu curso rumo para o sul. É um mar que recebe a água do Hermon e das colinas de Golon. Riquíssimo em águas e em vegetação, o Mar da Galiléia não vive para si, reparte tudo aquilo que recebe de cima.

No entanto, o Mar Morto é totalmente diferente. Recebe igualmente a água do rio Jordão, mas retém esta água para si. Não possui saída. Enquanto as águas se evaporam, todos os sais minerais em suspensão se acumulam no enorme recipiente fechado. A excessiva saturação é estéril. Não permite vegetação alguma, não tem vida. É um mar que mata. É o Mar Morto.

Existem igualmente duas classes de pessoas. E para começar, encontramos pessoas que nada guardam para si mesmas, nem seus dons e nem seus talentos. Colocam tudo a disposição dos outros. Tornam-se assim bem aceitas e são estimadas pelos outros. Tais pessoas são vivificadas. Seu calor humano, sua caridade, sua disponibilidade e o seu dom de partilhar com os outros irradiam em redor delas confiança, alegria e vida. É gratificante colaborar com estas almas generosas. E tudo isso porque elas possuem a arte de nada conservar para si mesmas. Sabem partilhar os dons que o Senhor lhes concebeu.

Desgraçadamente encontramos pessoas totalmente diferentes. São aquelas que vivem mais para si mesmas. Acumulam, porém somente para si. Sofrem de uma tríplice enfermidade: avidez, ambição e dominação. Ignoram sua enfermidade, porém a fazem sofrer. E esta doença as leva a morte. Não são simpáticas e nem atraentes. Isolam-se. Não irradiam luz e nem calor humano. Deterioram, pelo contrário, o clima e ambiente. Tudo o que é vida, desaparece em redor delas. Formam realmente o Mar Morto.

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